Vi o moço correndo de bike
Numa velocidade de assustar
E glorioso venceu obstáculos
Que assustadoramente
Achei que iam matar.
Vi a mãe acalentando o filho
Num espernear medonho
Choro constante, grito a zumbir
Teimosia, barulho
Ia explodir
Vi o velhinho caído ao chão
Não viu o degrau
Arrebentou o dedão
Noite escura, vista curta,
Cheirou o meio-fio do quarteirão.
Vi o gatinho miando faminto
Atrás da sua mãe
Querendo colo e nino
Sedento por leite
Aconchegando-se manhoso...
Vi tantas coisas, tanta gente,
Num piscar tantas correntes
Sentimentos, sensações
Tempo que passa, que pára
Destinos, histórias que vão e que vêm
Um presente,uma surpresa nova, como sempre tem.
Janete Cléia de Medeiros
20. 11. 2018
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