Com base no livro lido:
CAATINGAS: O DOMÍNIO DOS SERTÕES SECOS de Aziz Nacib Ab’ Saber, o autor analisa
a dimensão espacial e territorial do país e com competência é capaz de
subsidiar e instrumentalizar professores e alunos de todos os ramos do
conhecimento uma vez que sua obra é explicada em suas potencialidades fundamentais.
Tendo como ponto de partida
esta obra de suma importante descreverei alguns aspectos naturais do semiárido:
O Semiárido brasileiro
configura-se como uma região natural de grandes dimensões espaciais, submetidas
a especificidades climáticas que contribuíram (e contribuem) para a modelagem
de um relevo bastante peculiar. Cerca de 50% dos terrenos do semiárido são de
origem cristalina, rocha dura que não favorece a acumulação de água, sendo os
outros 50% representados por terrenos sedimentares, com boa capacidade de
armazenamento de águas subterrâneas.
Geologicamente, a região é composta por vários
tipos diferentes de rochas. Nas áreas de planície as rochas prevalecentes se
encontram cobertas por uma camada de solo bastante profunda, com afloramentos
rochosos ocasionais, principalmente nas áreas mais altas; tais solos, chamados
latossolos, são argilosos (embora a camada superficial possa ser arenosa ou às
vezes pedregosa) e minerais, com boa porosidade e rico em nutrientes.
O solo é formado por rochas
cristalinas e terrenos antigos, com origem no período geológico, chamado de
Pré-Cambriano. É pedregoso, conhecido como Solo Litólico e Bruno não Cálcico.
Em seu relevo, encontram-se a Depressão Sertaneja e o Planalto da Borborema. .
E pode-se dizer ainda que o relevo do semiárido é modificado ao longo do tempo
pela ação dos elementos da natureza que são: os ventos, as chuvas, os rios,
entre outros fatores como também a ação humana, que modificam a paisagem local,
mas não retiram de si seus elementos naturais.
A região tem tido seu
desenvolvimento socioeconômico substancialmente prejudicado por sua
pluviosidade de elevada irregularidade, espacial e temporal, bem como pela
ocorrência periódica de secas de médias e longas durações. Os rios são
intermitentes, isso quer dizer que correm apenas durante o período das chuvas,
tendo seus cursos interrompidos durante a estação seca.
O uso predominante da água
na região é para abastecimento humano e agropecuário, haja vista que a
eficiência hidrológica dos reservatórios é extremamente baixa, em função das
altas taxas de evaporação. Existem também conflitos de domínio, entre União e
Estados, em trechos de rios perenizados por reservatórios públicos.
A existência de uma ampla,
embora insuficiente, infraestrutura hídrica construída ao longo dos anos, com
reservatórios de todos os tamanhos, públicos e privados, e poços perfurados no
sedimento e no cristalino, apresentam problemas de manutenção e operação
hídrica para o seu bom funcionamento diário.
O clima tropical quente ou
semiárido ocorre no sertão nordestino, onde as precipitações anuais de chuvas
mal atingem 600 mm, provocando a existência de uma vasta área semidesértica,
com chuvas escassas, periódicas e irregulares. Independentemente de a estação
chuvosa comportar somatórias maiores ou menores de precipitações, o longo
período seco caracteriza-se por fortíssima evaporação, que responde,
imediatamente, por uma desperenização generalizada das drenagens autóctones dos
sertões.
Dentre os principais tipos
de vegetação do semiárido, nenhum é mais característico do que a caatinga.
Ocupando uma área de aproximadamente 955.000 km2, está presente em
todos os estados inseridos no semiárido. Vale a pena ressaltar que esse
bioma não é compartilhado com nenhum outro país.
Esse tipo de vegetação
sobrevive com pouca água, chegando a perder suas folhas no período de maior
estiagem, abrangendo 80% do território potiguar. A utilização de queimadas para
limpar terrenos destinados a roçados, bem como o aproveitamento de madeira das
árvores na construção civil, na produção de carvão e construção de cercas vem
contribuindo para o desaparecimento progressivo desse tipo de vegetação. As
plantas mais representativas da caatinga são a jurema, pau-branco, xique-xique,
mandacaru, catingueira, aroeira, angicos e imburana.
AB’
SÁBER, Aziz Nacib. Os Domínios da Natureza no Brasil: potencialidades
paisagísticas/ Aziz Ab’ Sáber. – São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. Disponível
em http://ead.ifrn.edu.br/moodle/course/view.php?id=845
ASPECTOS
FÍSICOS DO SEMIÁRIDO, disponível em http://www.semiarido.org.br/texto/7/0/semiarido
FELIPE,
José Lacerda A, CARVALHO, Edilson Alves. Atlas Escolar do Rio Grande do Norte –
João Pessoa: Grafset, 2001.
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