Nas últimas décadas os
grandes impactos gerados pela ação humana, colocaram a ecologia no topo da
agenda social. A responsabilidade pela formação de uma consciência ambiental
transcende os limites dos formadores de opinião; na nova ética ecológica, é
dever de todo cidadão bem informado, tornar-se o vetor de elucidação daqueles
que ainda não desenvolveram essa conscientização.
A sustentabilidade não é um objetivo a ser alcançado, não é
uma situação estanque, mas sim um processo, um caminho a ser seguido. Advém daí
que a expressão mais correta a ser utilizada é um projeto “mais” sustentável. Todo o trabalho
nesta área é feito a partir de intenções que são renovadas continua e
progressivamente. Intenções estas genuínas, que devem estar verdadeiramente
compromissadas.
Desde a sua expansão, a sociedade industrial capitalista não
respeita a capacidade de absorção dos ecossistemas globais, que é limitada. Daí
provém o desenvolvimento não sustentável, acarretando a degradação da natureza
e, consequentemente, ameaçando a sobrevivência da vida na Terra. [...] A moral capitalista concreta reza: empregar
menos gente possível, pagar menos salários e impostos e explorar melhor a
natureza para acumular mais meios de vida e riqueza. (GALLO, 2007).
A problemática da sustentabilidade assume neste novo século,
um papel central na reflexão, sobre as dimensões do desenvolvimento e das
alternativas que se configuram. O quadro socioambiental que caracteriza as
sociedades contemporâneas revela que o impacto dos humanos sobre o meio
ambiente tem tido consequências cada vez mais complexas, tanto em termos
quantitativos, quanto qualitativos. (JACOBI, 1997) A maior virtude dessa abordagem é que, além da incorporação
definitiva dos aspectos ecológicos no plano teórico, ela enfatiza a necessidade
de inverter a tendência autodestrutiva dos processos de desenvolvimento no seu
abuso contra a natureza.
A primeira dimensão é a sustentabilidade social, construída,
baseada e orientada por uma sociedade justa. Segundo Sachs (apud ARRUDA, 2008):
O
objetivo principal é construir a civilização do “ser”, onde exista maior
igualdade na distribuição do “ter” e da renda para melhorar os direitos e as
condições de amplas massas de população e diminuir a imensa distância entre os
padrões de vida de abastados e não abastados.
A segunda é a sustentabilidade econômica, que é possibilitada
pela alocação e gestão eficiente de recursos e por um fluxo regular de
investimentos públicos e privados. A
eficiência econômica deve ser avaliada mais em termos macrossociais do que apenas
por meio de critérios da lucratividade micro empresarial. (Sanchs apud
ARRUDA, 2008, p.38).
A terceira é a dimensão ecológica que prevê a melhoria de
adaptação e intensificação do nosso planeta; limitar o uso de combustíveis
fósseis; redução da poluição e conservação a partir da reciclagem;
autolimitação do consumo energético; intensificação de pesquisas em prol da
sustentabilidade e definição de regras para a proteção ambiental.
A quarta dimensão é a
sustentabilidade espacial. Ela prevê uma configuração rural-urbana equilibrada
e uma melhor distribuição geográfica da população e das atividades econômicas,
sendo observada a ocupação desordenada de diversas áreas e os ecossistemas
frágeis.
A última é a sustentabilidade cultural, que se baseia, segundo
Sanchs, na busca das raízes endógenas e
produção rural. [...] na qual respeitem as peculiaridades dos ecossistemas, das
localidades e das culturas (apud ARRUDA, 2008)
Tendo em vistas as dimensões citadas e o filme assistido,
intitulado: A História das Coisas, em que mostra o quanto os processos
industriais afetam diretamente o desenvolvimento sustentável, como a exploração
dos recursos naturais alteram a naturalidade das coisas e como a nossa
atmosfera está permanentemente repleta de variedades de reações químicas
poluídas tanto por parte das indústrias, quanto por emissão dos veículos nas
ruas, analiso que se quiséssemos reverter esse quadro, bastaria apenas uma
conscientização e integração por parte de todos certos de que a
sustentabilidade é um problema nosso.
E que mesmo estando cada um de nós, envoltos a complexidade
que o mundo capitalista nos oportuniza, ainda assim, podemos cuidar do nosso
planeta e assegurar-lhe um próspero futuro ambiental.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, Nilton Marlúcio de.
A sustentabilidade como um novo posicionamento na estratégiade comunicação de
Empresas Brasileiras. 139p. Rio de Janeiro
GALLOS, Zildo. Ethos, a
grande morada humana: economia, ecologia e ética. Itu: Ottoni.
Jacobi,
P., Cidade e Meio Ambiente. São Paulo, Annablume. 1999
Vicário, Dennis Enriquecer.
Apostilha a ética do Consumo
Unidade 4: Desenvolvimento e
Meio Ambiente.
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