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quinta-feira, 3 de maio de 2012

É POSSIVEL ATINGIR OS 4 ASPECTOS DA SUSTENTABILIDADE NA ATUAL SOCIEDADE EM QUE VIVEMOS?



       Nas últimas décadas os grandes impactos gerados pela ação humana, colocaram a ecologia no topo da agenda social. A responsabilidade pela formação de uma consciência ambiental transcende os limites dos formadores de opinião; na nova ética ecológica, é dever de todo cidadão bem informado, tornar-se o vetor de elucidação daqueles que ainda não desenvolveram essa conscientização.
       A sustentabilidade não é um objetivo a ser alcançado, não é uma situação estanque, mas sim um processo, um caminho a ser seguido. Advém daí que a expressão mais correta a ser utilizada é um projeto “mais” sustentável. Todo o trabalho nesta área é feito a partir de intenções que são renovadas continua e progressivamente. Intenções estas genuínas, que devem estar verdadeiramente compromissadas.
       Desde a sua expansão, a sociedade industrial capitalista não respeita a capacidade de absorção dos ecossistemas globais, que é limitada. Daí provém o desenvolvimento não sustentável, acarretando a degradação da natureza e, consequentemente, ameaçando a sobrevivência da vida na Terra. [...] A moral capitalista concreta reza: empregar menos gente possível, pagar menos salários e impostos e explorar melhor a natureza para acumular mais meios de vida e riqueza. (GALLO, 2007).
       A problemática da sustentabilidade assume neste novo século, um papel central na reflexão, sobre as dimensões do desenvolvimento e das alternativas que se configuram. O quadro socioambiental que caracteriza as sociedades contemporâneas revela que o impacto dos humanos sobre o meio ambiente tem tido consequências cada vez mais complexas, tanto em termos quantitativos, quanto qualitativos. (JACOBI, 1997) A maior virtude dessa abordagem é que, além da incorporação definitiva dos aspectos ecológicos no plano teórico, ela enfatiza a necessidade de inverter a tendência autodestrutiva dos processos de desenvolvimento no seu abuso contra a natureza.
       A primeira dimensão é a sustentabilidade social, construída, baseada e orientada por uma sociedade justa. Segundo Sachs (apud ARRUDA, 2008):

O objetivo principal é construir a civilização do “ser”, onde exista maior igualdade na distribuição do “ter” e da renda para melhorar os direitos e as condições de amplas massas de população e diminuir a imensa distância entre os padrões de vida de abastados e não abastados.

       A segunda é a sustentabilidade econômica, que é possibilitada pela alocação e gestão eficiente de recursos e por um fluxo regular de investimentos públicos e privados. A eficiência econômica deve ser avaliada mais em termos macrossociais do que apenas por meio de critérios da lucratividade micro empresarial. (Sanchs apud ARRUDA, 2008, p.38).
       A terceira é a dimensão ecológica que prevê a melhoria de adaptação e intensificação do nosso planeta; limitar o uso de combustíveis fósseis; redução da poluição e conservação a partir da reciclagem; autolimitação do consumo energético; intensificação de pesquisas em prol da sustentabilidade e definição de regras para a proteção ambiental.
        A quarta dimensão é a sustentabilidade espacial. Ela prevê uma configuração rural-urbana equilibrada e uma melhor distribuição geográfica da população e das atividades econômicas, sendo observada a ocupação desordenada de diversas áreas e os ecossistemas frágeis.
       A última é a sustentabilidade cultural, que se baseia, segundo Sanchs, na busca das raízes endógenas e produção rural. [...] na qual respeitem as peculiaridades dos ecossistemas, das localidades e das culturas (apud ARRUDA, 2008)
       Tendo em vistas as dimensões citadas e o filme assistido, intitulado: A História das Coisas, em que mostra o quanto os processos industriais afetam diretamente o desenvolvimento sustentável, como a exploração dos recursos naturais alteram a naturalidade das coisas e como a nossa atmosfera está permanentemente repleta de variedades de reações químicas poluídas tanto por parte das indústrias, quanto por emissão dos veículos nas ruas, analiso que se quiséssemos reverter esse quadro, bastaria apenas uma conscientização e integração por parte de todos certos de que a sustentabilidade é um problema nosso.
       E que mesmo estando cada um de nós, envoltos a complexidade que o mundo capitalista nos oportuniza, ainda assim, podemos cuidar do nosso planeta e assegurar-lhe um próspero futuro ambiental.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, Nilton Marlúcio de. A sustentabilidade como um novo posicionamento na estratégiade comunicação de Empresas Brasileiras. 139p. Rio de Janeiro
GALLOS, Zildo. Ethos, a grande morada humana: economia, ecologia e ética. Itu: Ottoni.
Jacobi, P., Cidade e Meio Ambiente. São Paulo, Annablume. 1999
Vicário, Dennis Enriquecer. Apostilha a ética do Consumo
Unidade 4: Desenvolvimento e Meio Ambiente.



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