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quinta-feira, 3 de maio de 2012

FELICIDADES GRATUITAS X FELICIDADES VENDIDAS E COMPRADAS


 

Num mundo globalizado como o que vivemos atualmente, onde a tecnologia é o mentor de grandes alegrias ou trágicos problemas ambientais, como também sociais, vemo-nos cercados de escolhas que mudam consideravelmente o rumo da nossa história.
       A sociedade do capitalismo consumista cada vez mais, se espelha em uma felicidade momentaneamente comprada, acreditando com isso, ter uma vida digna por causa dos seus bens de consumo, achando que agindo assim estão usando de sua cidadania e direitos cidadãos. Comportamentos egocentristas como esses, levam a sociedade a banalidades e supérfluos que tanto prejudicam e escravizam o ser humano ao fútil, quanto gera uma alienação social. Cidadania significa em sua essência, o direito de viver decentemente. (DIMENSTEIN, 1994). Esse direito essencial à vida distancia-se de uma grande parcela da nossa sociedade que, à margem de seus direitos básicos, fica excluída da vida social e democrática no país.
       À medida que a sociedade do TER exerceu grande influência no modo de vida humano, o homem, sem perceber, começou a perder e a prejudicar consideravelmente o meio ao qual estava inserido. Daí, com as transformações e enriquecedoras manifestações tecnológicas, o planeta começou a sofre os prejuízos causados somente para a benfeitoria e egocentrismo deste ser capaz de produzir e incapaz de reconstruir para o próprio bem do planeta, uma vez que a parcela humana que é consciente deste ato ainda é minoria. Morin, no método seis, sobre indivíduo, sociedade e espécie (2005), diz:
                                      O sujeito é compreendido então como um organismo complexo capaz de pensamento. E que pensa a partir de uma tensão estabelecida entre o princípio de exclusão e o princípio de inclusão. O princípio de exclusão é antagônico à alteridade e é o responsável pela identidade singular de cada sujeito. Este princípio se expressa como egocentrismo, o qual pode vir a se tornar egoísmo, favorecendo a origem de muitos atos eticamente condenáveis. O princípio de inclusão rivaliza com o de exclusão e é ele que faz o indivíduo sentir-se parte de uma coletividade. Ele transforma o eu em nós e pode se expressar na forma de altruísmo, favorecendo atos eticamente desejáveis.
       Tornam-se evidentes, com isso, os desafios éticos sociais e ecológicos vivenciados no atual estágio de um mundo globalizado, repleto de contradições, cuja visão mercadológica e, consequentemente lucrativa, deixa à margem a humanização, a cidadania, o bem-estar humano e ecológico, o respeito às diferenças culturais, a reciprocidade e a complementaridade cultural. Certo de que o altruísmo transforme a geração do TER em geração do SER, preocupada em manter-se bem, considerando que o planeta também esteja bem.
Após ter lido e analisado os textos subsidiados pela Plataforma, como também ter assistido ao filme: Respire que mostra uma garotinha feliz, brincando em meio à natureza, observando o mundo aquático, sorrindo e concluindo que tudo aquilo não passava de uma utopia gravada para fins econômicos e lucrativos, utilizando de crianças ingênuas, quem sabe até de exploração sexual infantil, visto que quando ela brincava, sua calcinha ficava à mostra; percebo como nossa mente é equivocada e muitas vezes agimos, sem perceber, com o pensamento egoísta e supérfluo.
 É com grande pesar que afirmo diante do exposto que ajo com muita teoria e pouca prática. Sou consciente dos meus direitos e deveres como cidadã e desta forma tento agir com ética e justiça sobre o que me é apresentado diariamente. Faço parte, infelizmente, da maioria das pessoas que dizem faça o que eu digo, mas não façam o que eu faço (ditado popular), que acham que estar bem é vestir-se bem, poder comprar para seus filhos o que você nunca pode ter quando criança, andar no parque e sair para comer um lanche “diferente” porque a comida de casa já não está agradando...
Mas sou também muito verdadeira ao expor que acredito fielmente que felicidade não vem só do que se compra, mas de uma boa amizade, de ter uma família alicerçada, companheira e carinhosa, de compartilhar momentos bons e agradáveis com o que amamos... Isto e outras formas mais é ter felicidade e essa felicidade não se compra jamais, são gratuitas!
As pessoas de modo geral (incluindo-me também), têm que serem conscientes de seus atos e arbitrariedades mundanas que de uma forma ou de outra, acaba prejudicando o meio. Essa tomada de decisão começa pelo EU, para chegarmos ao NÓS. Morin (2005, pág.159):
                   A sócia ética é feita dessa relação entre o indivíduo uno e o outro múltiplo. Ela precede, transcende a auto ética, posto que o indivíduo já nasça em uma comunidade repleta de outros sujeitos e inserida em uma cultura e em um contexto [...] Ela é conduzida pela decisão individual e, portanto, mediada pela auto ética, e tem nada mais, nada menos que a pretensão de se tornar um novo “modo ético de assumir o destino humano”.
Juntos podem mudar o rumo da nossa civilização, agindo com ética e (re) planejando um mundo melhor para vivermos.
       DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os direitos              humanos no Brasil. São Paulo: Ática, 1994.
MORIN, Edgar; KEREN, Anne Brigitte. Terra-pátria. 3. ed. Porto Alegre: Sulina. 2002.
           MORIN, E. O Método 6: ética. Porto Alegre: Sulina,2005. 222 p.
          

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