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terça-feira, 17 de abril de 2012

ÁREAS SUSCEPTÍVEIS À DESERTIFICAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE (ASD) E MEDIDAS MITIGADORAS QUE REDUZAM OS EFEITOS DA DESERTIFICAÇÃO




As ASD (Áreas Susceptíveis à Desertificação) no Rio Grande do Norte correspondem a 97,6% do território e abrigam 95,6% da população. Este elevado índice de inclusão decorre da inter-relação entre meio natural e o homem, ao longo dos séculos de ocupação e exploração do espaço.
       A história dessa ocupação do território que hoje compõem as ASD potiguares remete a presença portuguesa nestas terras. Com o passar dos séculos, atividades surgiram e que caracterizam também esta região, como: apropriação do espaço interiorano para criação do gado, agricultura de subsistência e do algodão, extração do sal e de outros vegetais e a mineração.
       Neste contexto viu-se a utilização dos recursos naturais sendo explorado cada vez mais e homem intervindo diretamente no solo por meios próprios ou tecnológicos, especialmente na região do semiárido do estado, a qual já é notável o descompasso dessas agressões ambientais, como por exemplo, o desmatamento e a queimada para uso do solo na agricultura e a extração da lenha para fins domésticos.
       Segundo Vasconcelos Sobrinho (2002, p.64), no semiárido nordestino é possível detectar a existência de áreas em desertificação ao se sobrevoar em voo baixo de 50m a 150m sobre o solo e, em seguida investigar in loco, posto que elas “apresentam uma fisionomia denunciadora”. Pois bem, esta área que abrange a vegetação tipicamente da caatinga rasteira, com plantas xerófitas, representadas pelas bromeliáceas, cactáceas, leguminosas, entre outras, adaptam-se as condições climáticas, de solo e de vegetação. Lembrando, é lógico, que as ASD estão circunscritas ao ecossistema da caatinga.
        Conjunto das ASD no Rio Grande do Norte compreendem 159 municípios dos 167 existentes, com um contingente de 2.680.347 habitantes dos quais 73,91% residem no espaço urbano e 26,08% na zona rural. Entre as áreas mais susceptíveis de desertificação do estado, estão as semiáridas, subúmidas secas e áreas do entorno. Destas, a área mais agredida está o semiárido com 92,3 km2 de extensão, com bastante atenção para s municípios de Currais Novos, Acari, Parelhas, Equador, Carnaúba dos Dantas, Caicó, Jardim do Seridó e áreas de municípios vizinhos.
       Vasconcelos Sobrinho (1982 apud 2000, p. 68) diz:

Que no Rio Grande do Norte quase toda região fitogeográfica do Seridó vem sendo submetidas a intensos trabalhos de prospecção e mineração, criando núcleos de desertificação.

       O autor salienta que estas atividades, juntamente com as condições climáticas de baixa pluviosidade, tornam o Seridó potiguar um dos exemplos mais graves da presença de desertificação no nordeste. Outro agravante é a produção de cerâmicas, cujo efeito nefasto extrapola a formação de crateras para retirada da argila, grassando pela destruição da cobertura vegetal para obtenção de lenha a ser usada nos fornos.
       Constatando-se, que hoje também há um outro agravante que vem a piorar este efeito nesta região que são as panificadoras que utilizam-se das lenhas locais para gerar energia para suas funções industriais e domésticas.
       As medidas mitigadoras que diminuam os efeitos da desertificação nestas áreas susceptíveis, de acordo com Ministério do Meio Ambiente (MMA); Instituto Nacional do Semiárido(INSA), Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(IBAMA), são uma educação ambiental mais preocupada com as mudanças deste quadro degradativo, com medidas jurídicas de proteção a meio ambiente, com propostas econômicas alternativas, com controle zootécnico, turismo ecológico, conseguindo a longo ou curto prazo, uma regressão alcançada através de medidas de ordem política, técnica e econômica, com metodologias mais rigorosas de identificação do processo de ruptura do equilíbrio ecológico em questão.

 O SEMIÁRIDO. Artigo disponível no site http://www.insa.gov.br/
PANORAMA DA DESERTIFICAÇÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. Artigo disponível em http://ead.ifrn.edu.br/moodle
VASCONCELOS SOBRINHO, João de. Desertificação no Nordeste do Brasil. Recife: UFPE, 2002.



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