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terça-feira, 17 de abril de 2012

Projeto sobre Indústrias de Cerâmicas em Acari





CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS OCASIONADAS PELAS INDÚSTRIAS DE CERÂMICAS NA CIDADE DE
 ACARI - RN



ACADÊMICA: JANETE CLÉIA DE MEDEIROS
ORIENTADORA A DISTÂNCIA: MARIA LIMA










CURRAIS NOVOS
2011



CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS OCASIONADAS PELAS INDÚSTRIAS DE CERÂMICAS NA CIDADE DE
 ACARI – RN





JANETE CLÉIA DE MEDEIROS









PROJETO
DE
PESQUISA



SUMÁRIO


1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................

2. JUSTIFICATIVA....................................................................................................

3. OBJETIVOS...........................................................................................................

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................

5. METODOLOGIA....................................................................................................

6. CRONOGRAMA....................................................................................................

7. REFERÊNCIAS.....................................................................................................



CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS OCASIONADAS PELAS INDÚSTRIAS DE CERÂMICAS NA CIDADE DE ACARI – RN.


            A indústria de cerâmica estrutural ou vermelha – como é comumente conhecida, não se constitui numa nova economia para o Rio Grande do Norte, pois já algum tempo, essa atividade econômica se desenvolvia no Estado, sendo que em menor proporção sócio espacial. O que de fato é novo é o seu espraiamento e a sua produtividade atual que têm se dado em diversas áreas territoriais do espaço norte-rio-grandense, com uma nova dimensão, de caráter mecanizado, e que traz novas possibilidades de reprodução social para alguns segmentos populacionais desse Estado. Como decorrências de sua dinâmica atual, aumentaram-se os números de empresas, de produção, de comercialização e de geração de empregos, e também os problemas de ordem socioambientais (degradações da rala cobertura vegetal e da condição humana, por exemplo), contribuindo, assim, para o surgimento de uma problemática que passou a ser questionada e analisada por este trabalho.
            A indústria de cerâmica vermelha tem apresentado no curso dos últimos anos, um dinamismo a mais para a economia do estado. O meio ambiente vem sendo destruído e no território acariense em particular, os problemas resultantes desta destruição tornaram-se perceptíveis por toda à parte: desmatamento, degradação dos solos, aumento geral da temperatura, desertificação e principalmente a dilapidação do homem em seu cotidiano.
            Tratando sobre problemas ambientais, Rodrigues (1998, p. 13), assim se expressou: “a questão ambiental deve ser compreendida como um produto da intervenção da sociedade sobre a natureza. Diz respeito não apenas a problemas relacionados à natureza, mas às problemáticas decorrentes da ação social”. Afinal, para essa autora, hoje vivenciamos um momento em que a ação predatória de apropriação do meio ambiente tem se estendido por todo planeta, como decorrência de uma produção destrutiva que se conforma num uso exagerado dos recursos naturais que não apresentam as mínimas condições de reposição.
            Por isso a preocupação ambiental de se estudar esse fenômeno aqui, no território acariense, deste estado potiguar.

1. INTRODUÇÃO

            O Setor Cerâmico é um grande consumidor de matérias-primas minerais. Seus diferentes segmentos consomem uma diversidade de substâncias minerais in natura ou beneficiadas, cuja variedade empregada depende dos tipos de produtos e da localização da unidade fabril. Neste setor verifica-se a convivência de diferentes tipos de estabelecimentos, com características distintas quanto aos níveis de produção, consumo de energia, qualidade dos produtos, índices de produtividade e grau de mecanização.
            As regiões onde existe maior densidade demográfica, maior atividade industrial e agropecuária, melhor infraestrutura, melhor distribuição de renda são as regiões Sudeste e Sul. Daí a razão da grande concentração de indústrias de todos os segmentos cerâmicos nessas regiões, associado ainda às facilidades de matérias-primas, energia, centros de pesquisa, universidades e escolas técnicas. Convém salientar que, as outras regiões do país têm apresentado certo grau de desenvolvimento, principalmente no Nordeste, onde muitas fábricas de diversos setores industriais estão se instalando e onde o Setor de Turismo tem crescido de maneira acentuada, levando a construção de inúmeros hotéis. Com isto, tem-se elevado a demanda de materiais cerâmicos, principalmente dos segmentos ligados à construção civil, o que tem levado a implantação de novas fábricas cerâmicas nessa região.
            A indústria de cerâmica do Nordeste caracteriza-se como uma indústria “nativa” da Região, com estrutura de gestão marcadamente familiar, onde a presença das micro e pequenas olarias são predominantes. Com grande potencial de expansão, o Setor Cerâmico de Acari, tem na eficiência energética e na evolução tecnológica fatores essenciais e estratégicos nos seus esforços de desenvolvimento e conquista de novos mercados. Porém vale salientar, que esta expansão, ao contrário do que se pensa, traz consigo inúmeros efeitos negativos que ocasionam a destruição ambiental local.

 2. JUSTIFICATIVA

            Nessa nova fase de expansão econômica gerada no estado, pode-se notar que além do aumento no número de empresas, o melhoramento das técnicas e das ferramentas para produção e a ampliação do número de empregos gerados por essa atividade, aumentou significantemente. Por isso se intensificam os problemas ambientais decorrentes dos processos inerentes à produção, tais como a retirada da vegetação e os problemas relacionados ao desgaste do solo. Neste trabalho, iremos enfocar discussões acerca desses problemas decorrentes na ordem social e ambiental gerados pela atividade ceramista e que se intensificam a cada ano no município de Acari, enfocando os problemas gerados pelas cerâmicas acarienses.
            Atualmente, o Rio Grande do Norte possui 206 cerâmicas conhecidas, distribuídas em 39 municípios e concentradas em três polos regionais: Seridó, Apodi/Assú e na Grande Natal, produzindo tijolos, telhas e lajotas. A maior parte dessas está funcionando com toda capacidade. O que determina a localização das empresas nessas regiões é a disponibilidade da matéria- prima, ou seja, à proximidade em que se encontram as minas de argila das empresas.
            Assim, optou-se por comentar sobre a região do Seridó, especificamente, a cidade de Acari – RN, por ocasião de esta concentrar algumas das indústrias ceramistas da terra.
            De acordo com Silva, Reis e Silva (2005), estas empresas estão localizadas principalmente na região do Seridó que concentra quase 50% do total, sendo também reconhecido como a área de maior índice de desertificação do território potiguar, devido à intensiva produção ceramista com retirada de solos e madeiras da região, o que vem causando sérios problemas à natureza.
            Nas palavras de Rodrigues (1998, p. 14)

Os problemas ecológicos parecem, à primeira vista, referir-se apenas às relações homem/natureza e não às relações dos homens entre si. É preciso, assim, ter cuidado para não ocultar a existência e as contradições de classes sociais para compreender a problemática ambiental em sua complexidade, pois os problemas ambientais dizem respeito a formas como o homem em sociedade se apropria da natureza.

            Os problemas ambientais ocasionados pelas indústrias de cerâmicas vermelhas do município vêm danificando e prejudicando intensamente o meio ambiente local, que adaptado à vegetação nativa, começa a mudar-se em meio a degradação ambiental produzido pela desertificação, desmatamento, e poluição do ar, entre outros fenômenos que ainda são desconhecidos.
            Segundo Medeiros (2005, p.53), podemos definir impacto ambiental “como qualquer alteração nas propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, no qual também são incluídas as relações socioeconômicas”. Desta forma, vendo o município em questão, preocupado com o bem-estar da população e mesmo assim, não podendo fazer nada em prol de suas melhorias, visto que por um lado a degradação ambiental é uma preocupação e por outro, as indústrias geram renda e economia à população local, fica evidente a necessidade de se pesquisar a temática, investigando-a para posteriormente, com análises diagnósticas científicas, possa-se com cautela, quem sabe, amenizar um pouco essa problemática em questão.

 3. OBJETIVOS

 3.1 Objetivos gerais
            Conscientizar a população sobre os aspectos socioambientais decorrentes das indústrias de cerâmicas locais, provenientes da desertificação, desmatamento e poluição do ar.
3.2 Objetivos específicos
§  Despertar a consciência critica local sobre as graves questões ambientais;
§  Identificar os impactos socioambientais da vegetação estudada;
§  Especificar cada impacto ambiental local e tentar detalhá-lo e minimizá-lo
§  Explanar uma visão local dos problemas ambientais relacionados à falta de controle ambiental;
§  Mobilizar a comunidade à mudança de atitudes relacionadas à temática.

 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

             Procuramos entender a problemática socioambiental que vem se descortinando no semiárido norte-rio-grandense, especificamente, na cidade de Acari, como uma decorrência do processo de produção pela indústria de cerâmica vermelha. Inicialmente, colocamos que estamos, pois, diante de um processo produtivo que não difere dos demais processos inerentes à produção capitalista. A produção de cerâmicas vermelhas tem posto em evidência uma territorialidade bastante perversa. Aí a territorialidade de cada indivíduo trabalhador e da sociedade como um todo se fragmenta em função da expropriação do território e de cada um dos indivíduos locais em suas condições tradicionais de vida; as condições de trabalho são insalubres e desumanas e a destruição dos pequenos recursos naturais existentes tem conduzido às sociedades locais a conviver com precárias condições ambientais, colocando em risco o presente e o futuro da sua sobrevivência.
            Nesse sentido, Felipe (1984, p. 9), afirma que:
A existência de uma região com problemas ambientais como a semiaridez, não é apenas produto das determinações do meio físico, clima, relevo, geologia, vegetação etc., mas, também da ação do homem, através dos seus diversos modos de produção.
        
            Pode-se afirmar que as relações natureza-sociedade implementadas no processo de produção de cerâmicas vermelhas vêm agudizando os já existentes problemas socioambientais do território carnaubense, colocando-se em destaque os de ordem física e social: a ampliação do desmatamento e a proliferação das odiosas condições de trabalho. No entanto, convém ressaltar que, antes da expansão da atividade ceramista, no semiárido Potiguar, desenvolvia-se um processo produtivo vinculado ao setor primário, tendo como atividades de maior proeminência a criação bovina, o cultivo do algodão, a agricultura de subsistência. Essas atividades econômicas constituíram-se, portanto, em atividades que degradavam, porém de maneira reduzida, o meio ambiente, talvez de maneira não tão avassaladora como as que vêm degradando atualmente.
            A indústria ceramista mostra um cenário de graves problemas ambientais, que vem expandindo suas atividades em grande escala. Antigamente era atividade de cunho familiar, localizada principalmente em áreas rurais. Atualmente, essas áreas rurais vêm sendo utilizadas como jazidas minerais e de argila, principalmente em áreas de vazantes, geralmente próximas a rios, onde são retiradas além da argila, lenha para queima da cerâmica.
            A transformação que essa indústria vem causando no meio ambiente em busca de crescimento econômico mostra os danos causados à natureza e para a sociedade em geral. Estas são decorrentes do desmatamento indiscriminado das áreas florestais, a degradação irreversível dos solos com o solo exposto aos agentes erosivos.
            As discussões sobre as questões ambientais vêm tomando grandes dimensões e, proporcionalmente, assumindo-se como desafios frente os impactos negativos gerados pelas atividades humanas no meio socioambiental, uma vez que se sabe que a ação humana modifica e/ou interfere respectivamente no meio ambiente natural.
            De acordo com a ocorrência de um aumento de temperatura próximo às indústrias, resultado da elevada temperatura dos fornos e a poluição oriunda da fumaça liberada das turbinas e poeira expelida pelo barro, provoca vários danos ambientais. Daí um dos possíveis problemas de saúde, referindo-se a questões respiratórias, que afetam gradativamente a população, principalmente, as que convivem próximas a essas indústrias. Segundo Dias, (2004. p. 250):

A maior parte da contribuição do ser humano para o aumento os gases atmosfera ocorre por meio dos processos do metabolismo industrial, mas as alterações na superfície da terra têm contribuído, de forma significativa, para tanto (vários gases causados por esse processo: gás carbônico, desflorestamento e queima de combustível fóssil; metano, das culturas de arroz e da agropecuária; oxido, queima de biomassa, utilização de fertilizantes, etc.).


            Baseado no processo de produção das cerâmicas em análise já exposto, pode-se averiguar que o processo produtivo utilizado pelas cerâmicas do município de Acari, não desenvolve medidas sustentáveis na produção. Pois, a escolha da argila é feita de maneira errada, em que os proprietários extraem-na de qualquer local, basta apenas o dono da terra está disposto a vender, sem que haja um estudo ambiental adequado para essa remoção. Os fornos são alimentados por lenha vinda da região, aumentando o processo de desmatamento e erosão do solo com a retirada dos materiais de forma indiscriminada. Sem falar nos gases poluentes expelidos pelos fornos na atmosfera. Contudo, a indústria ceramista vem desencadear vários problemas ambientais já elencados no trabalho, o que a partir desses problemas terce-a as considerações como possíveis soluções a serem feitas a seguir.
            Sob esse olhar e tantos paradigmas que compreendem a temática abordada, a pesquisa investigativa auxiliará na descoberta e pontuações fidedignas de quais critérios não ambientais estão totalmente atrapalhando o habitat natural do ecossistema local, prejudicando e ocasionando transtornos naturais.

 5. METODOLOGIA

 Trabalhar-se-á uma metodologia envolta com pesquisa de campo às cerâmicas locais, identificando os problemas que a devastação provocada ao meio ambiente local, através de relatos, fotos, filmagens, questionários, entre outros.
Fazer um estudo aprofundado da temática e apoiar-se em teóricos ambientalistas, preocupados com o meio ambiente e suas modificações geográficas.
Organizar palestras para conscientização da comunidade urbana e rural, a fim de minimizar os problemas ambientais e esclarecer possíveis danos ambientalistas decorrentes das indústrias ceramistas.
Descrever em forma diagnóstica, fatos, ocorrências, fatores naturais e humanos que favorecem e/ou prejudicam a proliferação orgânica da natureza, visando o bem-estar ambiental para logicamente humano, uma vez que ambos necessitam-se um do outro para viverem em perfeita harmonia.

 6. CRONOGRAMA

ETAPAS
OUTUBRO
NOVEMBRO
Levantamento Bibliográfico
x

Fichamento dos Textos
x

Coleta de Fontes
x

Análise das Fontes
x

Organização e Aplicação de Questionários
x
x
Tabulação de dados

x
Organização do Roteiro

x
Redação do Trabalho

x
Revisão/Redação Final/Entrega

x


 7. REFERÊNCIAS

DIAS, G. F.. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9 ed. São Paulo: Gaia, 2004.

MEDEIROS, J. F. de. Análise Fitossociologia do Manguezal e a Percepção Ambiental das Comunidades Ribeirinhas no Estuário Apodi/Mossoró – RN. Mossoró, 2005.

RODRIGUES, A. M. Produção e consumo do e no espaço: problemática urbana. São Paulo: Hucitec,1998.

SILVA, V. P. da; REIS, L. M. M.; SILVA, A. C. C. da S.. (In) sustentabilidade ambiental em territórios de cerâmica vermelha: uma análise de Carnaúba dos Dantas. Mercator, Fortaleza, v. 4, n.7, p. 83-96, jan./jul. 2005.

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