OLÁ PESSOAL!!!

AMIGUINHOS, ESPERO REALMENTE QUE GOSTEM DO MEU ESPAÇO. BEIJOS PARA TODOS E FIQUEM COM DEUS!!!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Fatores Degradacionais que atingem a região do Semiárido e algumas ações mitigadoras





Durante anos se discute sobre degradação ambiental e pouco se faz para melhorar ou amenizar esse problema, porém, com os avanços tecnológicos e a falta de conscientização do próprio ser humano perante os recursos naturais que acarretaram desequilíbrios e degradação ambiental, pode-se ver que a temática começou a ganhar visibilidade e gerar interesse e ações benéficas quanto a questão abordada.
       Os fatores degradacionais que atingem a região Semiárida, de acordo com meus estudos sobre a temática, devem-se à vários fatores:
1.    As práticas agrícolas ineficientes que retiram a cobertura vegetal original do solo, deixando-o vulnerável aos processos erosivos, muitas vezes acarretam na perda da fertilidade da terra. A agricultura irrigada, realizada sem levar em conta as características físicas da localidade, também pode acarretar sérios problemas, como salinização, erosão, lixiviação. O uso de máquinas também pode interferir na boa conservação do solo, pois poderá ocasionar processo de compactação.
2.    No desmatamento, a retirada da cobertura original do solo do bioma caatinga é um dos primeiros indicadores dos processos de degradação e desertificação da região. Se a cobertura vegetal nativa é mantida, a possibilidade de qualquer degradação é pequena, e a degradação por causa antrópica é menor ainda. Portanto a desertificação tende a começar com o desmatamento (SAMPAIO; ARAÚJO; SAMPAIO, 2005, p. 101).
É importante salientar que muitas vezes, a retirada da vegetação da caatinga está relacionada  a práticas agropecuárias familiar e industrial.
3.    A boa fertilidade do solo é de fundamental importância para o desenvolvimento sustentável da região, já que a extensão de terras propícias ao cultivo é pequena, devido às próprias características físicas da localidade e às suas limitações.
4.    Pode-se dizer que a erosão é um dos problemas mais graves na escala de degradação, porque geralmente provoca impactos irreversíveis ao meio ambiente. Porém a erosão que ocorre na região semiárida muitas vezes pode passar despercebida por não apresentar características alarmantes, mas possui um potencial de degradação bastante significativo.
Referimo-nos as perdas laminares de solos. A intensificação dessas perdas ao longo dos anos pode acarretar impactos irreversíveis ao bioma caatinga.
5.    A salinização tem contribuído bastante para o aumento da degradação do semiárido. Em algumas áreas, são visíveis as manchas brancas na superfície do solo. “A salinização é um processo que ocorre basicamente pelo acúmulo de sais solúveis e/ou sódio trocável no complexo de troca do solo” (SAMPAIO; ARAÚJO; SAMPAIO, 2005, p. 104).
6.    A compactação dos solos é um dos grandes problemas da pecuária desenvolvida nas regiões brasileiras. É ocasionado por práticas de manejo inadequado dos rebanhos, principalmente na pecuária extensiva.
 Segundo Sampaio, Araújo e Sampaio (2005, 107), a compactação e o encrostamento têm sido sugeridos como indicadores de desertificação ou de propensão a ela. Todavia a indisponibilidade de dados sobre o Nordeste dos impactos dessa origem limita bastante os trabalhos de pesquisa de várias instituições, principalmente para apurar-se a intensidade deles. Os efeitos da compactação do solo, em geral, repercutem-se na queda da produtividade de algumas culturas.
       Apesar desses problemas, ações e esforços vêm se intensificando para combater a desertificação e os demais processos de degradação da biodiversidade do bioma caatinga. Entre os dias 23 e 15 de abril de 2008, foi realizado na Fundação Joaquim Nabuco, em conjunto com o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga, o Seminário Nacional sobre Gestão Territorial do Bioma Caatinga. Nesse evento, foram discutidas as principais ações que vêm sendo realizadas para minimizar os problemas. Entre elas, as parcerias com órgãos governamentais – Instituto de Meio Brasileiro Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) –, ONGs que trabalham com desenvolvimento sustentável no semiárido e pequenos agricultores familiares.
       Entre outras ações menores, a própria população local do bioma, vem se preocupando com as agressões ambientais que afetam diretamente não só o bioma mas também os seres humanos, e estão diminuindo alguns dos fatores degradacionais com miniprojetos de conscientização ambiental. É o caso da agroecologia. Atividades desse porte têm motivado os agricultores familiares a investirem na sua qualificação para a produção agroecológica. Nessa perspectiva, estão surgindo inúmeras experiências de agricultura alternativa no Sertão que proporcionam uma relação mais equilibrada do ser humano com o meio natural.





SAMPAIO, Everaldo V.S.B.; ARAÚJO, Maria do Socorro B.; SAMPAIO, Yony S.B. Impactos ambientais da agricultura no processo de desertificação no Nordeste do Brasil. Revista de Geografia. Recife: UFPE – DCG/NAPA, v. 22, nº 1, jan/jun. 2005.

SEMARH E IDEMA. Manual de Orientação ao Empreendedor – Licenciamento Ambiental – Normas e procedimentos – Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. (2006)


Nenhum comentário :